Inovação em
tecnologia
sustentável

Energia solar

Sistema fotovoltaico

A Energia Solar Fotovoltaica é a energia obtida através da conversão direta da luz em eletricidade – Efeito Fotovoltaico. Este efeito foi descoberto pelo físico francês Alexandre Edmond Becquerel, decorria o ano de 1839.

Em nossos dias, principalmente nos últimos anos, as vantagens econômicas envolvendo a energia solar passaram a ter muito peso, além dos benefícios ao ambiente. O mercado de energia proveniente do sol também sofreu grandes quedas de preço de equipamentos, o que resultou em acessibilidade na instalação de sistemas solares pela população.

O sistema fotovoltaico é composto por módulos e inversores de corrente CC/CA e operam em sincronismo com a rede da concessionária (frequência da rede 60Hz), produzindo eletricidade para atender todo o consumo de uma casa, empresa, agronegócio etc. O excedente gerado pode ser utilizado como crédito para abater o valor de sua conta de luz por um período de até cinco anos.

A tecnologia, que cresce vertiginosamente no Brasil desde a criação do segmento de geração distribuída em 2012, já beneficia centenas de milhares de consumidores atualmente.

Hoje há dois sistemas homologados, conforme abaixo

SISTEMA OFF GRID ou Isolado

São os geradores instalados em áreas remotas e sem acesso à rede de distribuição.

Neste sistema há necessidade de um banco de baterias para o armazenamento da energia solar fotovoltaica gerada durante o dia e que será utilizada à noite.

Sistema ON GRID ou conectado à rede

Neste sistema toda a energia excedente que foi gerada durante o dia é injetada na rede da distribuidora e transformada em créditos energéticos.

Durante a noite, o consumo da casa será suprido pela concessionária que abaterá nos créditos enérgicos gerados ao longo do dia pelo sistema fotovoltaico.

Se o sistema for dimensionado para suprir todo o consumo elétrico do estabelecimento, então os créditos gerados serão suficientes para compensar toda a energia consumida da rede.

Nesse caso, o estabelecimento pagará a taxa mínima de luz, podendo assim reduzir em até 95% o valor da sua conta de luz.

Outra vantagem de não pagar pela energia da rede é que você ainda fica imune à inflação energética e as bandeiras tarifárias.
Pelo contrário, quanto mais cara fica a energia da rede, maior é vantagem que você tira do seu sistema.

Vantagens

O potencial para geração de energia solar existente no Brasil já começa a mostrar sua força. De acordo com a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o país já consegue gerar 14 gigawatts (GW) com painéis solares, capacidade que equivale à potência da usina hidrelétrica de Itaipu. A fonte solar já ultrapassou a potência instalada de termelétricas movidas a petróleo e outros combustíveis fósseis.

O dado sobre geração de energia solar leva em consideração tanto o que é gerado em parques centralizados quanto a chamada geração distribuída, produzida a partir de placas fotovoltaicas instaladas em telhados de casas, fachadas de prédios e pequenos terrenos. A perspectiva é de que a geração de energia solar deve aumentar nos próximos anos. 

O Brasil possui 4,7 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte espalhadas por 19 estados. O número equivale a 2,6% da matriz elétrica do país. No entanto, há no país um portfólio de 31,6 GW já outorgados para desenvolvimento de energia solar. Já a geração própria de energia totaliza 9,3 GW de potência instalada, sendo que 99,9% advêm de painéis solares. 

“A produção de energias renováveis no Brasil continuará em alto crescimento, principalmente na geração de energia eólica e solar, uma vez que o consumidor brasileiro vem buscando economicidade e soluções mais tecnológicas no suprimento de energia elétrica”, comenta Rosane Roverelli, Diretoria da Advantech Brasil, empresa especializada em soluções IoT. 

Esse cenário, além de sustentável, é lucrativo. Segundo a Absolar, a geração de energia por painéis fotovoltaicos evitou que 18 milhões de toneladas de CO2 fossem lançados na atmosfera. A entidade também aponta que o uso dessa modalidade de energia limpa já movimentou R$ 74,6 bilhões em investimentos e possibilitou uma arrecadação de R$ 20,9 bilhões aos cofres públicos.

Para especialistas, a expansão da energia solar deve ser impulsionada pela Lei nº 14.300/2022, que cria o marco legal da geração própria de energia. Somando a nova legislação ao aumento recente nas tarifas de energia elétrica, muitos brasileiros devem se ver motivados a instalarem painéis solares em suas casas para gerarem a própria energia. 

O caminho, contudo, não é livre de desafios. A rede elétrica do país, projetada para transportar eletricidade das concessionárias aos consumidores, precisa de adaptações para suportar o fluxo inverso. 

“Agora as redes também precisam acomodar os consumidores com painéis de energia solar que produzem energia em excesso e requerem suporte para fluxos de eletricidade bidirecionais. O consumidor também passou a ser produtor, o que alterou os papéis tradicionais de produtores e consumidores”, explica Roverelli. 

De acordo com a especialista, o país também vivenciará um aumento no consumo de energia elétricas, o que torna ainda mais desafiadora a adaptação da infraestrutura de distribuição elétrica. “O consumo de energia elétrica deverá triplicar nos próximos anos porque há cada vez mais sistemas de infraestrutura eletrificadas e digitalizadas”, afirma. 

Modernização do setor

Além da mudança da matriz energética para modalidades limpas e da adaptação da infraestrutura de distribuição, o país precisa modernizar suas redes elétricas. Para especialistas, o futuro é das redes digitalizadas. Isso significa pensar em energia elétrica não só como feita de usinas, cabos e postes, mas também com grande quantidade de dados e internet das coisas. 

“O primeiro passo é a modernização da automação e controles. E o segundo é a cibersegurança. Com esses dois passos em mente, é fundamental que os fornecedores de serviços públicos comecem a modernizar a infraestrutura e participar do gerenciamento das redes com decisões autônomas e orientadas por dados”, diz Andre Dias, Engenheiro Eletricista da Advantech Brasil.

O Engenheiro explica que tais mudanças implicam em introduzir dispositivos de inteligência artificial nas subestações de energia, para que consumo e distribuição elétricos virem indicadores para o planejamento do sistema. “O resultado transformará a rede elétrica em um sistema mais inteligente, que fornecerá à administração uma visão mais ampla das operações diárias e iniciativas futuras”, completa.